domingo, 21 de março de 2010

Notas Sobre um Escândalo


Um filme muito interessante. Encontra seus pontos altos em seu roteiro, atuações e trilha sonora. Trata-se de um suspense psicológico intenso. Há uma identificação por parte de todos com a história. Não exatamente desse jeito, esse é um caso especifico. Porem com certeza os sentimentos e emoções dos personagens são comuns a todos nós. É parte da natureza humana, contraditória e vergonhosa. Todos nós temos altos e baixos. E quando estamos deprimidos, sentimos solidão, indecisão, autocrítica pesada. E nesses momentos nos vemos entrando em situações nunca imaginadas antes.

Blanchett vive Sheba Hart, uma professora de arte estreante na escola em que Barbara Covett (Dench) leciona História há anos. Quando a sensual e atrapalhada novata não consegue domar seus alunos, a veterana acode. As duas ficam amigas - na intimidade, Barbara passa a narrar em um diário a sua aproximação de Sheba.
O escândalo do título trata-se do envolvimento de Sheba com um aluno de quinze anos. Aluno e professora têm um caso. Barbara descobre, promete que não revelará o segredo - e, enquanto aconselha Sheba a encerrar a relação indevida, enxerga no episódio a chance de conquistar definitivamente a "amizade" da sua protegida.

Barbara é uma espécie de psicopata carente de atenção que elege uma vítima para ser seu objeto de afeição . Solitária, com medo de morrer sozinha, vive em busca de alguém para preencher o vazio de seus dias. E quando encontra em alguém essa oportunidade torna-se obsessiva e possessiva, manipuladora e egoísta. Já Sheba, encontra-se num casamento em decadência, e uma vida que passou doze anos cuidando de seu filho com Síndrome de Down. Procura nos outros meio de se apoiar, sentir-se menos sozinha, ser desejada e valorizada.

Uma boa narrativa com um bom ritmo, porém, o final cíclico assemelha-se ao de filme de suspense B, totalmente desnecessário. Para quem gosta de filmes bem dramáticos essa é uma boa escolha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário