quarta-feira, 3 de março de 2010

O Labirinto do Fauno



Considerando a historia de O Labirinto do Fauno, não tem como analisá-lo sem levar em conta a ambiguidade revelada no final do filme. E o melhor meio de começar é se perguntando: É pertinente questionar o que é real e o que é fantasia?

Por isso ele se abre a duas leituras: uma materialista e uma mágica. A visão materialista seria a do pensamento moderno. Daqueles que foram contaminados pela razão e só conseguem enxergá-lo com preconceitos e miopias, como define Jung. Pessoas que ao serem questionadas sobre o filme diriam que Ofélia deveria amadurecer e lidar com o problema real de maneira objetiva para tentar se salvar. Ou ainda, numa visão mais extremista, ela deveria entrar para a guerrilha.

Essa primeira visão é causada pela “morte dos deuses” de que fala Jung. Que nos cega a ponto de não deixar com que notemos o que há de mais belo e significativo em O Labirinto do Fauno. O fato de que só a fantasia pode se opor a realidade, nesse caso a do fascismo.

A verdade é que o cinema tem cada vez mais se tornado a mais realista das artes, retornando a sua origem. Parece que grande parte do publico exige uma explicação cientifica para tudo. E todas as historias começaram a perder sua magia.

Essa é a verdadeira mensagem que Guilhermo Del Toro quer passar. A luta entre a guerrilha socialista e o governo fascista é só o pano de fundo. Porque a verdadeira batalha não se dá entre armas, e sim entre idéias. E a idéia principal é que só Ofélia conseguiu se opor a barbárie do fascismo com o que realmente se trata de um oposto: a bondade. A prova é que Ofélia não sacrificou o irmão para atingir seu objetivo, seu bem maior. Mas a guerrilha teria feito o mesmo? Ou sacrificaria o bebê se fosse preciso para atingir o governo?

Um comentário:

  1. eu acho que esse foi o melhor filme do ano adorei ver esse filme marilia trindade sao gonçalo

    ResponderExcluir